Exu Rei das Matas Pt2

Não vem cantar de galo Meu coração é seu okutá No meio da mata mora Um velho mandingueiro Acima de mim Exu Você pode ter veneno Cobra eu mato na paulada Mais todos se tornam só Um Rei que devemos louvar Laroye Exu Rei das Matas Mais o senhor que Me mentem de pé Eteuê eteuá caiu anjo virou Banquete alcatéia tá na mata Bala clava traje preto selva De pedra e mente originária Tomando oque é seu por direito Tudo se decipa e volta a floresta Flautas soam o canto de Andirá De bandeja sua morte é oque resta Cervo branco com olhos vermelhos Cegando com fogo respeite ou o zangue Anhangá trilha aquele que tem força e honra A escória só resta o sangue Nas águas da sua vida só tem calmaria Quem não vira presa Auké se transforma em rios constantes O fluxo dos que não ficam na mesma Não dorme no ponto,ele quem cala Gritar pelos erros não salva da fera Brinca com sonhos dissolve a mente Jurupari massa cefálica sequela Então rasga o céu,falcão cruel Vê além da nossa percepção Xandoré no vórtice de maioral Predando ódio cego da nossa visão Arranca toco do caminho trema terra Pro quimbandeiro passar Quebra galho demônio tá vindo Pantera-negra começa a esturrar Sibila a cobra em sete montanhas No cruzeiro quero ver quem pega Nos rios aprendendo o poder do sangue Que vem direto da terra Uiva senhor lobo dando o instinto Das almas da guerra pairando igual águia Coragem vem dele,Rei das matas banhando Machado com traqueia arrancada Salve o legado da onça-preta Oque corre nas veias distingue do boçal Alma de assassino com sede de vingança Varando malditos empalando Cabral O rei tem cocar pele vermelha Sabedoria chifre e é velho Cabeças vão adornar a grande fera Essa tribo não entra evangelho E no frio dessa vida a pele de animal Vai deixando a horda bem protegida Alimenta e da força conecta em uno Fagulha espiritual sendo absorvida Forte javali indo pra cima Veloz igual cervo sentido da serpente Não prende e não rende a grande ave Liberta prisões então sai da frente Corpo de onça letal escorpião Olho de carcará eu sou da Makaya No brilho do sol ou na luz da lua As minhas origens não vão ser apagadas Eteuê eteuá caiu anjo virou Banquete alcatéia tá na mata Bala clava traje preto Selva de pedra e mente originária A mata é escura e densa e nela Eu vejo uma cobra rastejar A mata é escura e tem seus labirintos Mais sempre tem quem vai me guiar Ele é um grande guerreiro com seu machado Com sua lança e com sua flecha Que não deixa nunca uma presa escapar Sou filho do grande exu caçador Do meio da mata e ele sempre Vai me trazer a fartura A vitória e a força Eteuá Exu Rei das Matas Salve suas forças meu Velho!