Encantos

Yeah, ah, ah, ah

Yeah, ah, ah, ah

Olhei pra frente e Deus me perguntou

Por qual dos três que eu iria andar

O do meio que assobiou

Mas o do lado deixava eu dançar

Meu pé perguntou, o que que é que foi?

Eu sugeri partir para trilhar

Senti que por ali ia ter uma água

E me joguei para me refrescar

Cantei por todo lugar que eu habitei

E essa estrada fez a beleza dela

Agora todo canto que ventar eu tô

Meu forte é ser a parte fraca dela

E se o vento vem de lá, eu vou

Vem que ventou lá também

Se sopro sou soprada

Vem, vem tô aqui

To vem to vem to vem to vem to vem

Ninguém é feliz amando só uma vez

E a gente não desgruda de nós

Desejo descanso interno ao ser

Que haja um chão

Para deitar e só

Água lava a pedra dura

Tanto ama até que inunda

Não se cobre não, se descubra

No meio da tarde marujo afunda

Sereia cantarolando a sua vida

Das coisas banais até as mais profundas

Tem gosto de rua um gesto do céu

Alma mútua flutua

Cantei por todo lugar que eu habitei

E essa estrada fez a beleza dela

Agora todo canto que ventar eu tô

Meu forte é ser a parte fraca dela

E se o vento vem de lá, eu vou

Vem que vem tô lá também

Se sopro sou soprada

Vem, vem tô aqui

To vem to vem to vem to vem to vem

Beleza se enxerga com os dedos

A terra é o tato

Não por sapatos, mas pés descalços

Com a mão à sede eu mato sem copo

Com o corpo na beira eu despacho

Na areia eu acho casos divorciados

Grão precipitado, parece num é grudado

Num pote talvez guardado, perece dentro do armário

Com o dedo desenho o bafo a tag desse meu legado

Esses espaços são portas nossos canais

Cantei por todo lugar que eu habitei

E essa estrada fez a beleza dela

Agora todo canto que ventar eu tô

Meu forte é ser a parte fraca dela

E se o vento vem de lá

Eu vou, eu vou, eu vou também

Se eu sopro sou soprada

Vem vem tô aqui, to vem to vem to vem to vem to vem

Um a um miçanga é colar

Dois a dois os passos constroem a vida

Atalhos e matos fechados vão brilhar

Abertas as cartas incertas e objetivas