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Cypher Ritmo, Poesia e Emancipação
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AUSFÜHRENDE KÜNSTLER:INNEN
X-Ray
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B-Drug
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Xaral
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HZ (ALIVE KNOB)
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Ventura
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Caio MC
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A'Beatriz
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KINTE
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Sofie Cintra
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CyZor
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Davi Perez
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Carol Brizz
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Matheus Morais
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Alves AXV
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Tatá mc
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Grazielle Páscoa Rodrigues
Grazielle Páscoa Rodrigues
Stimme und Gesang
maria fernanda vieira
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Stimme und Gesang
KOMPOSITION UND LIEDTEXT
Ventura
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Sofie Cintra
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Davi Perez
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Matheus Morais
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Pablo Tavares Bento
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Lara Eliza Gonçalves Ferreira
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Henry Zacarias Viana
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Ana Beatriz Carvalho Pereira
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Caio Alexssandro Santos Duarte
Caio Alexssandro Santos Duarte
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Yara Mello Veloso Coelho
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Cícero Borges de Carvalho Lage
Cícero Borges de Carvalho Lage
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Ana Carolina Ribeiro Silva
Ana Carolina Ribeiro Silva
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Vanderson Correa Alves
Vanderson Correa Alves
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Tamires Eduarda Julião de Melo
Tamires Eduarda Julião de Melo
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PRODUKTION UND TECHNIK
Dah Fioroni
Dah Fioroni
Produzent:in

Lyrics

B-Drug
Eu cheguei em Mariana pela estrada real
Roubaram o nosso ouro até mudar a capital
Já tem oitenta anos que tão roubando o ferro
Será que em cem anos vai estar tudo igual
A vale não vale nada e nem precisa de aval
Você viu, a barragem se romper no jornal
Quantos viu, o rejeito adentrando sua casa
Tira suas mãos da minha cidade natal
O barroco das igrejas já viu arte demais
Você já ouviu falar da batalha das gerais?
Incentivo à cultura por aqui é escasso
O movimento se organiza em rodas culturais
Nós seremos resistência até não haver mais
Existência de descaso em questões sociais
Enquanto a floresta queima com os animais
Estamos enfumaçados e pedindo por ar
Xaral
Hoje eu levantei me ergui
Tô meio mal por aqui
Onde as dores sempre me acompanham em casa
Eu nem compreendi
Não me forço a sorrir
To tentando mas nunca \'viram\' a página
É que pra gente como nós é difícil a transição
Entre os branco tô bem preta e pros preto não tem tom (aí) (ó)
Normalizar o anormal me fez mais fria ainda
Perspectivas e propósitos tudo em camadas
Quero fim do genocídio e paz pra Palestina
Quero o fim de todo mal mas tô fazendo nada
X9 seje ‘menes’, invejoso treme, minha revolta não é meme, poucas chances neste game
Descendo de um império: contradição
No espelho me vejo rainha, no mundo, sou só peão
E se a rua me cria, no lar me apego
É olho por olho, mas ninguém quer ficar cego
Sou metade do que temo e metade do que me fez
Sou racional mas ainda lido com minha insensatez
Me perdi e daqui \"pronde\" vou meu senhor?
Tenho poucos pedidos quero paz e muito amor
Pros erros que cometi hoje eu peço perdão
e que as luzes azuis não sejam minha última visão
HZ
Vindo do alto, lá de baixo
da minha colina
Portando chinelo rasgado
Fazendo minha linhas
Minha cara nunca tá fechada
Sorriso iluminado
Do Beat sou aliado
Que um trago?
Não e cigarro
Quer rima?
Acendo um pouco
E pra você eu passo
Marcando todos os meus passos
Na batalha sãos meus abraços
lá que eu faço meus laços
Mas eu mudo a linha
Pra pisa fofo na minha cidade
que ela não é só minha
Vindo com os papo furado
Cheio de papa língua
Tal projetinhos de vidas
Que era pra ser feito
Cidade alerta em defeito
Promete igual prefeito
Pra tentar ser reeleito
(Como que diz o Orochi mesmo)
(São tudo água de salsicha, serve pra porra nenhuma)
Eles pensam que querem fazer revolução
Então eu passo minha visão
Entende, entende
Se quer fazer revolução
Então corre pra luta
Limpa na camisa todo o sangue e suor
Jogado na labuta
Que a vida não te espera
muito menos liga para o seu luto
Por isso eu luto
Contra “o algema”
Contra o sistema
Pra mostrar que eu sou
menor problema
Que não é fácil de se resolver
Atrapalho com minha palavra
E com meu Rap
Procê vê, HZ
R de raça
A de amor
P é pra esses puto entender de onde eu sou
Que em Mari City que minha rima se lapidou
E nessa eu mostro pra você
que contra o sistema eu vou que vou
Ventura
Satisfação quebrada, mais um neguinho aventureiro
Pavimentando sua estrada, mesmo vindo do bueiro
Antes cantando pra parede
Hoje eu canto tanto e tanto canto em tanto palco que até passo sede
De sensação, cada base, linha
Entrego alma, corpo e sangue em cima dessa batida
Que sistema maldito, maldito seja o sistema
Mas que se foda, eu tô fechado com a Batalha da Arena
Eu tô pronto pra bater, pronto pra apanhar
Pronto pra morrer, pra poder salvar e te libertar
Te ensinar a rimar
Eu me entreguei, basta se entregar
Furando a bolha
Não tive escolha
Tava na encolha
Não quero que corra
Não quero que sangre
Te alimentando
Sempre ajudando
Corrente quebrando
Hoje no pescoço
Mais de cinco ouros
Não valendo ouros
Liberto voando
Fazendo cultura
Não tô mais atoa
O meu nome é Ventura
Porra
Caio MC
Pichando o muro da minha casa
A tia da cantina falando que minha rima não vale nada
Parece que a cidade está sendo colonizada
Adivinha por quem \"os cara de gravata\"
Abaixa a arma e levanta o MIC
Não fala na minha cara então pode vir pro fight (hum)
Porque você resolve no punho, nunca na rima
por isso que sua mente sempre está sempre corrompida
Então pode vir pro fight que eu sei que você é fraco
Porque eu vim da BDA já tô acostumado
Na batalha só lança rima de suporte
Não ganhou de mim, então me chama de lord
Ham… um corpo espalhado em cada canto
Ham… resolvo essa rima só com meu canto
Só que eu sou pirata então você não me engana
Quer folgar com o meu bando, você vai andar na prancha
A’Beatriz
Passando eu avistei as gêmeas, as duas igrejas, almas de vidas passageiras.
Pele suada, cabelo preso, talvez a cidade precise do desejo, o artista e seus medos.
Passagem pelas linhas do seu cabelo, rua direita é onde sinto o seu cheiro.
Ser, agir e sorrir.
Cantar libera a existir.
Sempre fazendo parte, expressão de igualdade.
Onde roupa curta é tecido, não convite pra maldade.
Sinceridade, o olho mata quem na rua só estava de passagem.
Mariana e suas verdades
R.A.P não é coisa de momento, é expressão de conhecimento.
Davi Perez
Por curvas sinuosas, curvas perigosas, andei, cheguei
No mar dos símbolos, sinos, sirenes naufraguei
Colonial vazio, pai nosso, ave maria
No maior trem do mundo passa a romaria
 
Na procissão deserta, do rio fizeram lama
Na profissão deserta, do brio fizeram drama
Força bruta, minha cultura não vai dissolver (vem)
Na mistura da labuta e a luta se envolver
 
Dizem que é pra desenvolver, mas querem nos remover
Punho fechado a se mover, não vou pagar pra ver
No chão da história pisamos e o futuro é presente
Grades e algemas quebramos libertamos a mente
 
São os caminhos tortuosos da estrada real
Quando for tudo nosso, sonho será real
Povo guerreiro vai revidar
É a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar
Kinte
Cola no rolê de Mariana
Vou te ensinar como virar artista
em uma semana
Vivência de rua
Hip Hop
Aqui a firma é forte
Conta com os amigo
Mas não vem contar com a sorte
Chico rei
Me diz como cê conseguiu
Comprar sua alforria
Com impostos de Brasil
Cultura extrativista
Pra turista é mais caro
Nossos vereador
Batendo ponto pra Samarco
 
Tá tudo vendido
Tá rendido
Tá no chão
Vida de atingidos resumida em cifrão
Praça Gomes Freire
Virou vitrine da Vale
E o trabalhador que pague
A ressaca do desastre
Não deixa morrer
Não deixa acabar
A cultura vale
Muito mais do que o minério
O papo é certo
Vocês vão lembrar de mim
A Samarco vai embora
Quando tudo sucumbir
Não deixa morrer
Não deixa acabar
Mariana vale
Muito mais do que minério
Ainda dá tempo de nadar
Contra a corrente
Não se iluda, não se vende
Você tá tomando ferro
X-Ray
Cidade histórica mas a história não é tão bonita
Muitos antepassados muita coisa vivida
É a primaz de Minas
Mas não se vê turista
Só se vê minério, lama e covardia
Os parlamentares, já nem mudam mais
Se \"cê\" babar o ovo vai que vira capataz
Mas não quero esse papo, dele me retiro
Quero ver mudança e nos jovens progredindo
O Brasil tá queimando e o governo lucrando
Nascente secando e o governo lucrando
Escravidão rolando, e o governo lucrando
Já viu quantos estupros tiveram esse ano?
Mariana é a quinta cidade de Minas Gerais com mais casos de violência doméstica
E o rompimento da barragem, contribuiu para o aumento dessa violência
Considerada a maior \"tragédia\" ambiental, mas sabemos que não foi tragédia
Vale e a Samarco mataram gente e sonhos, e foram absolvidos
Que bando de comédia
Sofie Cintra
Eu não larguei o jornalismo
Eu ainda tô na mídia
Sempre um mic na mão, sempre uma nova melodia
E sempre uma nova chance em um novo dia
Se tu não segue o padrão do mundo, já te julgam
Pelo menos minha consciência tá sempre tranquila
Eu faço o meu corre e eu sempre dou meus pulos
Pelo menos eu dou o meu melhor todos os dias
Graças a deus nosso estado é laico
Mas pastor vira político todos os dias
Você apoia o capitalismo e diz que é fácil
Mas pra esse sistema tu é só mais um na fila
Você apoia o capitalismo e isso é árduo
Por que pra esse sistema pouco importa a sua vida
Mas na verdade, continue trabalhando
Quem sabe tu fica rico em no máximo 3 anos?
Já dizia 50 cent
Fique rico ou morra tentando
Quem sabe estatística
Desaprova esse plano
Faço, se eu não fizesse
Ainda iam tá criticando
Não desisto, enquanto o coração tiver pulsando
Não é penso logo existo
É canto logo sonho, e eu sempre realizo
É a lei da atração meu mano
CyZor
Falaro protesta mas protesta baixo nengue
Então hoje eu vim bate boca com as mosca desse prato
Não reclama do mosquito mas reclama dessa dengue
A febre dos bancos vai acabar morrendo aos ratos
Essa é pra todos ribeirão que n tem mais água corrente
A todos Carmo que continua acorrentado
Em todas as linguagens eu posso ser um fluente
Mas pra ser influência é mais que fazer certo ou errado
Mas só quem vive a língua enxerga e compreende
Então liga pro Cicinho se quiser um clima brabo
Não tem papo com os gringo nós só descarrega o pente,
De lírica braba na cara desses bancário
Que financia as represa que mata os afluente
Que alicia as empresa nos território minerado
Essa paty mecânica me olha como se eu n fosse gente
Só pq eu fodo no meu rap traficado
Mas eh q os royalties da gringolândia não valem uma nascente
Se só nossos produto já supre nosso mercado
Mas tão sempre vão tá comigo os meus mano CONCORRENTE
Se passaram de correnteza foi espaço conquistado
Mas não é com pauta q o dinheiro é tipo viver a frente
Esse deserto oco não vale nenhum centavo
Esses rap é pra quem vive esses rap é pra quem sente
Esse robocop tem que se sentir deslocado
Carol Brizz
Salve Salve, Vila Rica
Responsabilidade Cívica
Tal como uma Inconfidente
Dando com a língua nos dentes
Delatando esse sistema,
Não fugimos do problema,
E o dono da Samarco,
Deveria estar de algema (sussurro)
Tô ligada, esse é o tal esquema do minério
Se um dia foi Império,
Hoje é um Cemitério
O passado é presente
Tem cabeça em praça pública
Não adianta tentar nos comprar
Com um pedido de desculpa,
Essa é minha sina,
O RAP como matéria-prima,
Salve Salve, Vila Rica
Eu sou uma Mina...
Uma mina de ouro,
Um pote de tesouro
Que há um tempo atrás
Foi palco de um abatedouro
Quanto Vale a sua vida?
Quando Vale o seu choro?
Minas nunca foi liberdade
Agora pede Socorro!
Socorrooo (grito no fundo)
A Matéria-prima do Rap é rima,
Abre espaço nessa roda,
Que eu vou te apresentar umas minas q são fodas
Maju, TataMC, Malyka e Killa,
mulheres foda de verdade,
que a indústria subestima,
Se o AGRO é POP
O Rap é mais que TOP
A gente tá onde tá
Mas nunca foi questão de sorte,
É muito braço cruzado,
De quem coleciona gado,
E o escravo do cifrão se vendendo por uns trocado
Matheus Morais
É queimada, é especulação imobiliária,
É turista tirando onda com a nossa cara.
A falta de perspectiva (aqui) escancara,
Que esse/ sistema/ de safado/ não nos leva a nada.
nunca leva a nada
Mas o meu bonde leal vem na (pela) Estrada Real
Organizado como uma guerrilha digital. (2x)
(Então) Pega esses tarifa zero lotado de manos,
Fala que a partir de agora a cidade é nossa.
Vamo pegar de volta todo esse tesouro,
E relembrar que a nossa vida vale ouro.
É que / Eu demorei mais de 20 anos / para entrar em chamas,
Sou vulcão em erupção, minha fé tá nas crianças.
Não me intimido com sua grana, cê não passa de um pilantra,
E o meu mantra é ver os meus com a mão na sua garganta.
Nossa memória não tá a venda, pode até tentar,
Aqui eu conto a história certa, pode acreditar.
Nesse mar de contradições e alienações,
Milhões cantam revoluções
Alves A-XV
Sagacidade de verdade é viver
Um bom malandro não espera, sempre faz acontecer
Batidas que combinam com vivências em canção
O pixo nas esquinas refletem misto de amor e revolução
Muita coisa quando eu tô com o meu bonde
Pensamento vai além, conhecimento é a fonte
Para que correntes hoje sejam só um adereço
Para eu poder entrar na loja e nem me preocupar com o preço
Para aquele segurança que me segue e me vigia
Saber que a luta dele é a mesma que a minha
E que saber falar de amor por aqui vire rotina
Para entendermos diferença, olhar além da retina
Desço do busão, zero frustração, mente a milhão
Para poder fazer a cifra se transformar em cifrão
Mas que ambição, sonho dos irmão
Para poder chegar no topo sem esquecer da união
Tatá Mc
E foi na roda de freestyle que eu vi meu sonho nascer,
foi na roda de freestyle que eu quase vi ele morrer.
E foi na roda de freestyle que deixei todos os meus medos,
e foi na roda de freestyle que senti o pior pesadelo.
Mas deixa que esse assunto eu falo em outra hora,
não vou fugir da rota, ainda sou alvo do sistema.
Eu sei que uma mulher incomoda muita gente,
mas uma mulher preta dá pane nos seus esquemas.
Então entregue minha caneta, acabou a brincadeira,
um foda-se pra Vale, eu vim limpar toda sujeira.
Eu não quero seu dinheiro, ele não compra minha ira,
e nem vai trazer de volta a filha da dona Maria.
Como é que eu explico pra toda essa família
que elas podem dormir, que os filhos não voltam pra casa?
Que a ganância do homem rompeu milhões de vidas,
e vai te oferecer milhões pra estancar toda ferida.
Mas o sangue ainda jorra, e a lama é visível,
a busca por justiça é um caminho que é possível.
Seja compreensível a certo ponto, a certo nível,
e se precisar de mim, minha caneta é disponível.
Minha palavra vale um tiro, e eu tenho muita munição.
A Vale fede à morte com o malote na mão.
O grito ainda ecoa, trazendo revolução,
quebrando as correntes, rasgando a opressão.
Por falar em opressão, ainda me sinto oprimida,
medo de sair de casa e nunca mais ver a família.
A rua é um abismo, cuidado aí, menina,
pois cada conto de “farda” é uma história que assassina.
Repete o “refrão” do Kinte
Não deixa morrer
Não deixa acabar
A cultura vale
Muito mais do que o minério
O papo é certo
Vocês vão lembrar de mim
A Samarco vai embora
Quando tudo sucumbir
Não deixa morrer
Não deixa acabar
Mariana vale
Muito mais do que minério
Ainda dá tempo de nadar
Contra a corrente
Não se iluda, não se vende
Você tá tomando ferro
Written by: Alysson Ventura Teixeira, Ana Beatriz Carvalho Pereira, Ana Carolina Ribeiro Silva, Caio Alexssandro Santos Duarte, Caio Santos Ventura, Cícero Borges de Carvalho Lage, Davi Perez, Henry Zacarias Viana, Lara Eliza Gonçalves Ferreira, Matheus Henrique Ferreira de Morais, Pablo Tavares Bento, Sofia Cintra Viana, Tamires Eduarda Julião de Melo, Vanderson Correa Alves, Yara Mello Veloso Coelho
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