Jogo Sujo (feat. Prod.BRØNK$)

Esse jogo é sujo,

Eu sou dono dos meus próprios atos

Aprendi a jogar

andando quieto num covil de ratos

Não é

filha da puta q vai ta do lado

Pega tua prova e o teu certificado

Só abre a boca se tu for cobrar

ou tiver peito pra tu ser cobrado

Eu só trabalho com fatos

Não sou de conta historias

Dobrado de terabyte

Eu não quero a tua memoria

Eu não posso perder o caminho de casa

Tem quem me espera, tem quem me abraça

Minha mente é outra eu só mostro a carcaça

Urubu procurando uma migalha

Melancolia nos olhos nem disfarça

Por que que essas luzes são tão fracas

Eles mentiram pra nós

O privilegio sempre ganha de raça

Vivo em um mundo paralelo

Eu não entendo as tuas maninhas

Quem ver o perdão como recaída

Atura o rancor como estilo de vida

Ajeita a postura pra ficar bonito na foto

Eu dei um voto, de confiança

Deixa esse mano morrer na mentira

Que certamente não vive em lembrança

Que nem criança, tenho vontade de salvar o mundo, eu tô me tornando um fruto de esperança, mais meu inferno me leva fundo

Como eu queria mudar minha infância

Medo do escuro, mortes em vulto

Porque no topo não semelhança?

Mesmo fazendo um trampo absurdo

Não quero espaço eu quero mudança

Tipo a doença que surge do surto

Então será nítido a discrepância

Sem empatia, fique de luto

Por essas rimas regadas de ânsia

Enquanto meu sangue recebe tributo

Siga perdido na sua ignorância

Até perceber o valor do produto

Eu meio que sempre fui

um fruto do perigo

produzido pelo proibido

eu peço que Deus me ajude

mas eu sei que ele tá comigo

Parece o inferno eu não sei, mas

sei que eu já andei perdido

se é o inferno eu não sei

mas sei que não é o paraíso

Meus manos morreram por meros reais,

por coisas banais

Histórias que nem eram baseadas

em fatos reais

ou por que ficaram na beira da margem do porto do cais

Ou por que a família esqueceu, ficou longe demais

Não deu pra alcançar

mais uma noite tive que passar em claro

É difícil dormir escutando os problema bater

na janela do quarto

Arranhando os talheres no prato

de querer ser bonzinho eu tô farto

Eu não quero o caminho mais fácil

por que o fácil nem sempre é recomendado

Nós nunca joga na mediocridade, eu aprendi com experiência

No desconforto das cópia atravesso a cidade

Eu tive que ter paciência

Eles reclamam do ódio e do sangue nos olhos

Nunca me exegaram com próprios olhos

Visual deficiência dos porcos

Virou alvo resistência dos povos