Qual o Preço

Veja as ruas

Paz não existe

Vai na fé não na sorte

Você sabe né o mundo é feroz o ódio corrói destrói

Veja as ruas

Não é o fim da guerra essa é a única certeza

Vai na fé não na sorte

Quem não mostra aposta

Quantas vezes eu pensei em jogar tudo para o ar,

Mas só que a minha vida não posso parar,

Tudo aquilo que os irmão e eu lutou para construir tá aqui,

Não vou agora fraquejar desistir!

Tô cansado, pensar demais a vida causa estrago,

Por outro lado, a euforia me torna vulnerável.

Ainda existem marcas deixadas e nas praças,

Vida se passa e nada apaga as marcas deixadas!

O que eu posso esperar de um terceiro mundo?

Se até o moleque de 8 anos é astuto

Incompreensível, valores trocados

Uma mente angustiada, um coração acelerado.

Nessa cidade de São Paulo cheia de riqueza

A poluição brotou um céu de nuvens negras.

No olhar dos covardes reflete a maldade a prata,

Transforma um sorriso de criança em lágrima.

Daqui de cima eu observo, planeta volta a estaca zero

E gente corre do inferno,

Tudo por amor que o pobre faz virou ganância,

Até o canalha brinca enquanto abusa da criança,

Subestimar, ser subestimado não é comigo,

Um homem desacreditado segue o objetivo,

Se até o rio mais poluído tem nascente Cristalina,

Nessa vida qual é o preço da conquista?

Veja as ruas

Paz não existe

Vai na fé não na sorte

Você sabe né o mundo é feroz o ódio corrói destrói

Veja as ruas

Não é o fim da guerra essa é a única certeza

Vai na fé não na sorte

La viela que seja na favela onde esteja

Uma pá de filtro trançado na favela,

Na tela a novela mostrar uma vida bela.

Sou obrigado a acreditar que a vida é fase,

Que quando a realidade bate já é tarde,

Irmão, a verdade se encontra no suspiro,

No grito de uma mãe pela perda de um filho,

No mínimo a dor que ela sente angustiante,

Mais forte é o bastante pra seguir, nesse instante...

Um coração de pedra espera a absolvição,

Familiares acredita em sua redenção,

A salvação é individual, mas muita calma

Pois nenhum carimbo de religião salva!

Fácil é andar com cristo no peito no pingente

Difícil é ter peito pra tá com ele sempre

Irmão me diz porque o lucro, sempre influencia a mente humana,

Leva um homem sábio a corromper mulher para cama,

Barões, que desclassificam a sobriedade,

Traz pela conquista do dinheiro a impunidade.

Quer saber, a fé dos humildes só gerou fortuna,

Forte capital enquanto isso o barco afunda,

Me diga quem sofreu, quem chorou, por amor,

Quando o castelo desabou.

Eu fiz por onde irmão, meu sentimento é sincero,

Também por um momento tive só no deserto tio,

Viu o sol que vem do Leste aqui na zona sul,

Flagrou nos prédios o sonho de um preto comum.

Que vem do choque é Levado a um ponto extremo,

Com pensamento a mil e o mais puro veneno,

Meu rap é testemunha do que eu vivo,

Vivo na quebrada em consequência do que eu sinto,

É bom para mim ver a molecada, nada apaga a estrela prateada,

Paciência para melhorar e pé na estrada,

O rap não acaba, a gente tarda mas não falha,

São anos de estrada e nada para, quem vê se a máquina?

Eu tô simples como fora um menino,

Ilustrado, sou marcado por um tal destino

Mas esse lá na frente olhar para o lado tudo deu errado,

Jamais vou me lamentar por ter tentado.