D. Sebastião (feat. Evolute) [Radio Edit]

Senhores telespectadores, o nosso programa de hoje

É sobre El Rei Dom Sebastião

Sente o regresso do Dom Sebastião

Com o povo, séculos à espera do meu retorno

Este é o regresso do Dom Sebastião

Vim p'ra assumir a minha posição no trono

Eles todos me chamam de Dom Sebastião

Até andorinhas ditarem o fim do inverno

Porque eu vim p'ra tomar conta do assunto

Até pôr ordem de novo no império

Eu vi o meu nascimento a trazer alegria

Prolonguei uma dinastia outrora julgada extinta

Nascido p'ra liderar terras de vontade infinita

Senti o peso da coroa numa folha branca e tinta

Eu vi o passado a ser recordado como história

Fui à conquista do perdido para reconquistar a glória

Ergui a cruz da minha bandeira na frente do pelotão

(Eu não criei uma equipa, eu criei um batalhão)

Desci terras do reino na esperança do aumento

De crentes com vista em expulsar infiéis do terreno

Minha espada, minha caneta, meu escudo, minha folha

Meus alicerces, minha terra, meus sonhos, minha escolha

Ahn, o meu destino foi traçado

No dia do nascimento, trazer glória ao meu reinado

Emano a alma dos guerreiros que trago em minha escolta

Eu posso perder minha vida mas nunca a minha honra

Sente o regresso do Dom Sebastião

Com o povo, séculos à espera do meu retorno

Este é o regresso do Dom Sebastião

Vim p'ra assumir a minha posição no trono

Eles todos me chamam de Dom Sebastião

Até andorinhas ditarem o fim do inverno

Porque eu vim p'ra tomar conta do assunto

Até pôr ordem de novo no império

Quando nasceu, chamaram-lhe o desejado

Meses depois o desejado desapareceu

Perderam-se homens na luta, mas nunca a esperança

Que depois da tempestade possa voltar bonança

Hoje anseiam o meu regresso numa manhã nublada

A tirar espanhóis do poder e trazer gloria à pátria amada

De mito a desejado, de desejado a lenda

Eles temem que seja verdade e que a verdade ofenda

Que eu perfure as vossas ambições e possa criar fenda

Destruindo o castelo tendo treinado numa tenda

Vim p'ra colonizar as terras que não pertencem ao meu reino

Fiz das crenças do meu povo meu combustível, meu minério

Sente o sabor do suor que expele em todo o treino

Emano esperanças de séculos até formar o quinto império

Não conto primaveras, eu só conto invernos

Até farda de batalha mudar de streetware p'ra terno

De grão a grão até a capoeira virar um império

Porque eu não escrevo para o momento, eu escrevo para ser eterno

Sente o regresso do Dom Sebastião

Com o povo, séculos à espera do meu retorno

Este é o regresso do Dom Sebastião

Vim p'ra assumir a minha posição no trono

Eles todos me chamam de Dom Sebastião

Até andorinhas ditarem o fim do inverno

Porque eu vim p'ra tomar conta do assunto

Até pôr ordem de novo no império

É um mistério

Depois de Alcácer Quibir

El Rei Dom Sebastião