Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão?

Meu Deus! Meu Deus!

Seu eu chorar não leve a mal

Pela luz do candeeiro

Liberte o cativeiro social, meu Deus

Meu Deus! Meu Deus! (Ô-ô-ô)

Seu eu chorar não leve a mal (Ô-ô-ô)

Pela luz do candeeiro

Liberte o cativeiro social

Não sou escravo de nenhum senhor

Meu paraíso é meu bastião

Meu Tuiuti, o quilombo da favela

É sentinela da libertação

Não sou escravo de nenhum senhor (Essa é a parte que emociona a gente!)

Meu paraíso é meu bastião (Vem comigo paraíso do Tuiuti!)

Meu Tuiuti, o quilombo da favela (Alô São Cristóvão!)

É sentinela da libertação (Vem, tá cantando hein?)

(Vamo' lá gente!)

Irmão de olho claro da Guiné

Qual será o seu valor? Pobre artigo de mercado

Senhor, eu não tenho a sua fé e nem tenho a sua cor

Tenho sangue avermelhado

O mesmo que escorre da ferida

Mostra que a vida se lamenta por nós dois

Mas falta, em seu peito um coração

Ao me dar a escravidão e um prato de feijão com arroz

Eu fui mandiga, cambinda, haussá

Fui um Rei Egbá preso na corrente

Sofri nos braços de um capataz

Morri nos canaviais onde se plantava gente

Ê Calunga, ê! Ê Calunga!

Preto velho me contou, preto velho me contou

Onde mora a senhora liberdade

Não tem ferro, nem feitor

Ê Calunga, ê! Ê Calunga!

Preto Velho me contou, Preto Velho me contou

Onde mora a Senhora Liberdade

Não tem ferro, nem feitor

(Oh Amparo!)

Amparo do Rosário ao negro Benedito

Um grito feito pele do tambor

Deu no noticiário, com lágrimas escrito

Um rito, uma luta, um homem de cor

E assim quando a lei foi assinada

Uma lua atordoada assistiu fogos no céu

Áurea feito o ouro da bandeira

Fui rezar na cachoeira contra bondade cruel

Meu Deus! Meu Deus!

Seu eu chorar não leve a mal

Pela luz do candeeiro

Liberte o cativeiro social

Meu Deus!

Meu Deus! Meu Deus!

Seu eu chorar não leve a mal

Pela luz do candeeiro

Liberte o cativeiro social

Não sou escravo de nenhum senhor

Meu paraíso é meu bastião

Meu Tuiuti, o quilombo da favela

É sentinela da libertação

Não sou escravo de nenhum senhor

Meu paraíso é meu bastião

Meu Tuiuti, o quilombo da favela (Chega brincando bateria!)

É sentinela da libertação (Entenda, minha gente!)

Meu irmão! (Diz!)

Irmão de olho claro da Guiné

Qual será o seu valor? (Cantando meu povo!) Pobre artigo de mercado

(Vamo' lá gente!) Senhor, eu não tenho a sua fé e nem tenho a sua cor

Tenho sangue avermelhado (Uoba!)

O mesmo que escorre da ferida

Mostra que a vida se lamenta por nós dois (Mas falta)

Mas falta em seu peito um coração

Ao me dar a escravidão e um prato de feijão com arroz

Eu fui mandiga, cambinda, haussá

Fui um Rei Egbá preso na corrente (Sofri!)

Sofri nos braços de um capataz

Morri nos canaviais onde se plantava gente

(Ê Calunga, ê! Ê Calunga!)

Ê Calunga, ê! Ê Calunga!

Preto Velho me contou, Preto Velho me contou

Onde mora a Senhora Liberdade

Não tem ferro, nem feitor

Ê Calunga, ê! Ê Calunga!

Preto Velho me contou, Preto Velho me contou

Onde mora a Senhora Liberdade

Não tem ferro, nem feitor

(Oh, minha Amparo!)

Amparo do Rosário ao negro Benedito

Um grito feito pele do tambor

Deu no noticiário, com lágrimas escrito

Um rito, uma luta, um homem de cor

(E assim!)

E assim quando a lei foi assinada

Uma lua atordoada assistiu fogos no céu

Áurea feito o ouro da bandeira

Fui rezar na cachoeira contra bondade cruel

(Meu Deus!)

Meu Deus! Meu Deus!

Seu eu chorar não leve a mal

Pela luz do candeeiro (Liberte!)

Liberte o cativeiro social

Meu Deus!

Meu Deus! Meu Deus!

Seu eu chorar não leve a mal (Não leve a mal, não leve a mal!)

Pela luz do candeeiro (Oh!)

Liberte o cativeiro social (E se liga, deu tempo, deu tempo!)

Não sou escravo de nenhum senhor (Vambora, vambora, vambora, vambora!)

Meu paraíso é meu bastião (Canta São Cristóvão)

Meu Tuiuti, o quilombo da favela

É sentinela da libertação

Não sou escravo de nenhum senhor (Eu sou livre!)

Meu paraíso é meu bastião

Meu Tuiuti, o quilombo da favela (Da favela!)

É sentinela da libertação

Pegada de Africano hein!

A luta continua, meu povo!