Quiproquó

Eu falo em apaziguar E falo bonito Pro ânimo amenizar E ela quer conflito Um humor de amargar Um gênio de monolito E eu aqui, louco pra amar Com o peito aflito Seu sorriso faz brilhar O sol no infinito Pra logo a névoa voltar E nublar no grito Só vive pra refinar A bruta arte do atrito Tão bela em beligerar Que eu nem acredito Não posso testemunhar Sem formal reclamação Meu sangue baratear na tua mão Mas devo então confessar Quando lhe franze a expressão Põe-se logo a palpitar Tão cego de emoção Com masoquismo exemplar Meu coração Quer pra quê quiproquó? Mas devo então confessar Quando lhe franze a expressão Põe-se logo a palpitar Tão cego de emoção Com masoquismo exemplar Meu coração Quer pra quê quiproquó? Eu falo em apaziguar E falo bonito