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Letras

[Verse 1]
Me parece agora que eles perderam o controle
Nessa corrida de ratos, sei muito bem quem tá na pole
Se agride ou agrada
O seu lugar no grid de largada não muda nada
[Verse 2]
Sobrevoe num voo, o zoo, onde você sobrevive
Observe a ordem natural das coisas em declive
Inclusive, eu tive lá, e não te vi lá
Frente a frente, lado a lado, tete-a-tete
Com os mestres das marionetes, vê se assimila
[Verse 3]
Quem orquestra, quem adestra
E quem tem a chave-mestra
Quem dilata sua pupila, quem nos aniquila
From hell do céu
Quebrar barreiras, comunicação na torre de Babel
Interferência na frequência
Acordar primeiro pra realizar o sonho, é a ciência
[Verse 4]
Eu disparo e paro no infinito
Reabasteço, sigo em frente, é bonito
Viajo no espaço e o que eu vejo, eu deixo escrito
E só Jah Jah pode me dar um veredicto
[Verse 5]
Eu disparo e paro no infinito
Reabasteço, sigo em frente, é bonito
Viajo no espaço e o que eu vejo, eu deixo escrito
E só Jah Jah pode me dar um veredicto
[Verse 6]
Uns desistem, outros ficam, alguns desistem e ficam
Só espaço físico ocupam, indicam
A tragicomédia de que não tem da própria existência as rédeas
Cérebros de férias, vários vagabundos festejando o fim do mundo
Enquanto isso, o cidadão comum se sente ridículo
Não encontra paz no versículo
Batendo de porta em porta, debaixo do braço currículo
Família inteira no cubículo
Depende do Ecad, depende do green card
Acorda cedo e dorme tarde
Completando o círculo vicioso, perigoso, que nem garimpar
Na reserva dos cinta larga
Black Alien canta a vida amarga através do Rap e do Ragga
Contra todas as pragas, sem medo de quem
Que nem um cão, morde a mão que afaga
[Verse 7]
Eu disparo e paro no infinito
Reabasteço, sigo em frente, é bonito
Viajo no espaço e o que eu vejo, eu deixo escrito
E só Jah Jah pode me dar um veredicto
[Verse 8]
Eu disparo e paro no infinito
Reabasteço, sigo em frente, é bonito
Viajo no espaço e o que eu vejo, eu deixo escrito
E só Jah Jah pode me dar um veredicto
[Verse 9]
Enquanto o mundo muda pela música
Preparo poesia de aço na minha siderúrgica
Um hábito noturno inspirado em Saturno
E seus anéis em torno, não há retorno
Eu sempre estive aqui, no verbo cru que nem sashimi
A verdade virá à tona pelo parto, enfarto do miocárdio
Revolução não será televisionada nem virá pelo rádio
Metal inox, instrumental e mental na jukebox
Golpe baixo, perde ponto, é que nem no boxe
Prepare a esquiva, informação real pro povo à deriva
Na terra da terra improdutiva
Written by: Alexandre Basa, Black Alien, Leonardo Cunha
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