Canciones más populares de Baco Exu do Blues
Créditos
AUSFÜHRENDE KÜNSTLER:INNEN
Diomedes Chinaski
Leadgesang
NISSIN
Leadgesang
Baco Exu do Blues
Leadgesang
Rapadura
Leadgesang
Rap Box
Künstler:in
Leo Casa1
Schlagzeug-Programmierung
KOMPOSITION UND LIEDTEXT
Diomedes Chinaski
Songwriter:in
NISSIN
Songwriter:in
Baco Exu do Blues
Songwriter:in
Rapadura
Songwriter:in
Leo Casa1
Songwriter:in
PRODUKTION UND TECHNIK
Leo Casa1
Produzent:in
Letras
De um lado um público jovem
(Ê-ê-ê, ô-ô)
Maldita massa despolitizada
Às vezes uns tão radicais
Mas, base teórica, nada
Nunca invejei ninguém
(Ninguém)
Na verdade ataquei a estrutura
Uma grande manobra arriscada
Como Bukowski em literatura
Chinaski, o aprendiz
Filho de Lula, não de Ustra
Fui infeliz atacando MCs?
Não, questionei a indústria
Direto do gueto, do gueto
Do gueto, do gueto
Do gueto, do gueto
Riqueza pro gueto
(Hã)
Riqueza pros pretos
Uma vida melhor e mais justa
(Ê-ê-ê, ô-ô)
Os irmãos tão morrendo por uma bermuda
Boné, um par de tênis
Triste, né?
Querem se matar
Então que matem Michel Temer
Em 2009 eu fazendo isso
Ainda tenho pela frente uma carreira imensa
Se tu acha que eu não acho
Que isso é compromisso
Vou provar que sou maior
Do que vocês pensam
Sou maior que Facebook, Instagram e Tumblr
As tretas de internet tá gerando hype
Nessas ruas meus amigos morrem de verdade
O poeta cantador é a válvula de escape
Sem tempo pra conversar
Água trajetória amarga
Finalmente pra agonia estou vendo saída
Só sei que daqui pra frente aguento a carga
Mais que música
Essa porra é história de vida
(Ê-ê-ê, ô-ô)
Hei, Joe, ó
Medo, clareza e poder
O medo é o primeiro passo que ocupa espaço
Reluzente na sua frente
Que não te deixa ver
A falta do medo também é perigosa
Esquece do espinho quando segura a rosa
Segura acelerado na curva sinuosa
Vida louca, vida dura, vida cabulosa
A clareza ilumina
Te traz confiança nas rimas
Mas clareza em excesso também cega
E normalmente é isso que te determina
A clareza vem quando passa o medo
Por isso os gênios enlouquecem muito cedo
A clareza vem trazendo o poder
De ver tudo através do seu espelho, ó
(Ê-ê-ê, ô-ô)
Tudo muda com o poder, você poder ir
Você pode ter, todos vão te ouvir
E também te querer
E outros vão tramar pra poder te foder
Mas querer não é poder só se for com o amor
Por isso o poder é transformador
Trazendo a água que rega a flor
Não vem jogar sua merda no meu ventilador
Propósito inflexível, espírito inabalável
Instinto incompreensível
Caráter inquestionável
Os milagres acontecem
À margem do impossível
Como a água fura pedra
Mas também é maleável
Como vento invisível
Com força incomparável
Como fogo inflamável
Em volta do combustível
É fácil ser temível
Difícil é ser amável
Eu vi o esforço dos mano
(Ê-ê-ê, ô-ô)
Pra fazer o sonho possível
Não cuspam no prato dos outros
Crescer assim é bem mais difícil
Como Beethoven era surdo
E fazia grandes sinfonias
Como Dali era louco
E pintava grandes obras primas
Se eu for falar mal de alguém
Eu falo mal dos políticos
Do sistema escolar, hospitalar
Que continua em estado crítico
Cê não viu como acabou Tupac?
Cês tão querendo ser Notorious
Os gangster de internet
Viram rato de laboratório
(Ê-ê-ê, ô-ô)
Piedade, Meu Senhor
Eles não sabem o que fazem
Piedade, Meu Senhor
Eles não sabem o que fazem
Piedade, Meu Senhor
Eles não sabem o que fazem
Piedade, Meu Senhor
Eles não sabem o que fazem
Exu abre caminho, cê fala que ele é vilão
Heróis morrem de overdose
Enquanto eu respirar
Fila da puta, vou ser vilão
Faz de MCs divindades
Tenho dívidas pra pagar
Foda-se sua vaidade
Foda-se seu backstage
Foda-se da sua vaidade
Riram do meu sotaque
Solicídio não foi um ataque
(Ê-ê-ê, ô-ô)
Foi um foda-se ao público
Esses moleques não são de verdade
Porra, não são de verdade
Amam MCs e não o hip-hop
Você ama o rap, prove
Em 1-9-9-9 a Lauryn Hill
Já pensava em mim cantando
9-9-9, 9-9-9
Que meu verso te toque de alguma maneira
Mas filha da puta, você jamais me toque
Foque antes que isso te sufoque
Dê a Cesar ao que é de Cesar, seja o dano
Mate Cesar, comemore no passo romano
(Tcha-tcha)
Meus irmãos transam com a guerra
E ela tá enjoando, favela tá menstruando
E eu cansando, enjoado de dar gole ao santo
(Ê-ê-ê, ô-ô)
Eu sou o meu próprio santo
Então esse é o meu gole
Engulo o álcool e o álcool me engole
Me dê ouvido ou me dê outro gole
O rap me faz e faço rap
Até que ele me degole, ou me dê outro gole
Rap eu não sou seu inimigo
Hoje em dia, fã boys
Se masturbariam no XVIDEOS
Assistindo o crucificar de um Cristo
Eu sou Bahia, preto
Sou Salvador
Mas não sou o seu cristo
O rap eu sou preto
Sou Salvador, rá
Mas não sou o seu cristo
Amém
Antes de vomitar sobre a voz, enguia menino
(Ê-ê-ê, ô-ô)
Peça benção aos nordestinos
Que são seus pais e avós
Antes de arrotar sobre algoz
Engula esse hino
A regência dos clandestinos
Nas capitais em arrebóis
Pontos vitais do cafundós dos Capibaribe
Os meus cristais vem dos lençóis
Lá de Beberibe
Quem garante que o rap
E sua foz veio de seus canais?
Se nos sertões lá atrás
Desaguavam Jamaica e Caribe
Contesto o contexto de outrora, arriégua
Remexo o eixo, o desfecho
O texto devoro, se trégua
Põe a vida em linhas?
Minha oratória aqui quebra a régua
Submeto tua glória
E ponho toda tua historia em uma légua
Como uma esfera do ventre da velha escola
Tou entre o agora e a artéria
Do sempre que ela incorpora
O que vem de fora é foda pra gente
É moda presente
Mas antes já existia
O repente, a prosa e a viola
Agora aqui promovem
(Ê-ê-ê, ô-ô)
A ignorância dos nossos
Dizendo que a seca, a miséria
São apenas mazelas, fatores históricos
Envolvem intolerância e destroços
Descaso incita a quimera
Incinera a matéria e os rumores folclóricos
Ergui teu concreto e vivi no abstrato
Ergui o teu teto e o teu ar de distrato
Que em mim desconta
Perdi filho e neto no meu chão de mato
Perdi todo afeto vivendo o mal trato
Não há nada que pague sua conta
Sou pássaro, entre semáforos
Mais rápido que ascensão dos Bárbaros
E os declives de Cunha
Rasgando a diáspora, conteúdo mais áspero
Que os sertões e os áridos
De Euclides da Cunha
Se lembra daquelas conversas
Te disse que a inércia
Só pegaria peças inversas
Para os bons desempenhos
Atravesso travessas
Sou o pagador de promessa
Já paguei todas elas
E até hoje ainda pago
Pelos dons que eu tenho
Por vim de onde venho e ter a cabeça chata
(Ê-ê-ê, ô-ô)
É muita inteligência
A mente pequena parte e se achata
Me deixam de bucho vazio, venço o desafio
Minha escrita é farta
Alimento a alma e nada me falta
Nada me empata
Sou fera nativa no vão da maré
E tenho a pata ativa no chão da Assaré
Tua rima vem da cidade em construção
Não tenho estudo, nem arte
Minha rima faz parte das obras da criação
Seria muita prepotência dizer
Que eu represento o Nordeste
A causa é bem maior, que o CEP que o rap
Sou apenas adubo dos corpos celestes
Que a terra aqui veste
O calor me fizeste como agreste dos mestres
Se o Brasil é arvore que exponha sua matriz
Nordeste quebra o mármore
Por sempre foi sua raiz
Negar isso é burrice
É tolice de todo um país
Sem disse me disse
Pois depois disso não tem mais diss
(Ê-ê-ê, ô-ô)
Casão
Beat do Léo
Casão
(E eu sou)
Written by: Baco Exu do Blues, Diomedes Chinaski, Leo Casa1, NISSIN, Rapadura