Lyrics

Pra mim vida morna é vida langue Se eu tou down eu tou exangue, viver é ferver o sangue Ferve quando eu quebro a cárcel do meu eu projetado E me projeto pra um trajeto improvisado Quando eu parto da cidade que é meu berço e abraço Outra terra, cultura, outra gente, outros traços Mesmo espaço significa as mesmas caras Significa os mesmos erros, significa os mesmos passos Quando eu acordar num quarto com as paredes em branco Quando não houver um artefato a relembrar quem é que sou Quando voltar a ser um zero, quando voltar a ser gigante Vou ter oportunidade de sentir correr o sangue Ferve quando alguém me carrega pra lá do óbvio E me obriga a 'tar de frente pra mim próprio Eu fervo o sangue na chaleira do destino Onde o medo é dissolvido e o tempo é um caleidoscópio Onde o sangue ferve Onde o amor se exalta Onde a vida é leve Onde a vista é alta O sangue ferve quando a vibração das cordas dum bouzouki Devolve-me Theodorakis à memória dos ouvidos Quando o Licaveto rompe à noite das luzes de Atenas E o Sintagma é um sintoma da saudade que me atinge Ferve ao recordar-me acampado em Dragonera Com um whisky barato contemplar o céu estrelado Dividir o pano negro com os trovões da tempestade Eu já vi quinhentos céus, mas nunca tão maravilhado Ferve quando os lábios dela se aproximam lentamente Prometendo partilhar o paladar do vinho tinto E ferve mais quando me empresta o corpo quente Com a arte de Minerva e com a boca de Afrodite O sangue ferve quando o que vejo não me cabe mais na vista E o que avisto é tudo o que nunca tinha visto O sangue ferve em novidade e acende o estro do artista E as palavras são gaivotas a pedirem pra ser livres Onde o sangue ferve Onde o amor se exalta Onde a vida é leve Onde a vista é alta A vitória é uma matrioska porque alcançar uma meta é uma sequência de metas que se supera Quem vidrar na derradeira a achar ser a verdadeira, nunca verá que as outras eram igualmente belas Eu vou ao vento, velas quebram da mente celas Evito conflitos não vim cá pra escrever novelas Se tu finalmente velas por toda a gente Então a gente já pode encontrar um termo pra ser fellas Eu vou pra onde a vida é leve e não levo nada Vou pra onde se pode ter tudo e não se deve nada Vou pra onde o sangue ferve, vou pra onde o amor se exalta Vou pra onde o mar é fundo, vou pra onde a vista é alta A partir de agora eu vou viver com os olhos duma criança Com a mesma simplicidade a mesma esperança Aprender a ver a beleza que as coisas adquirem só quando viram lembrança Eu sei que admitir os problemas é meio caminho andado Mas agarrar-se a eles é meio caminho desperdiçado Se pra ti ferver o sangue significa estares irritado Tu tas a ver a vida certa bro com os olhos errados
Writer(s): André Moniz Lyrics powered by www.musixmatch.com
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