Cresci aqui em meio a becos tormentos veneno, entre o medo pensamentos turbulentos vendo o mal se arma morte chegar rasteira de capuz engatinhar aperta matar manda bença a jesus
Em meio a lama e a dama da morte na sombra astuto ardendo em chama inimigo dividindo cama tranca o portão do céu, réu frio e calculista se perder de vista oportunista te risca da lista.
Rasgando a pele, lágrimas de canivete desce a 7 palmos caixão branco com mais um pivete, na febre louca moleque no crime de toca emocionado na arena é formiga na boca
O minha coroa, rezai por mim nessa hora vários pipoca de carocha chocalho de cobra asfalto cinza serpente rasteja na trilha inimigo é zica planta morte e destrói família
Girassol colorindo a selva de concreto exposto ao sol feto em jardim de colégio marcha bélica segue sega rumo ao horizonte o mundo em guerra o mal nos cerca nos mata aos montes.
Guerra santa esbanja corpos empilha milhares porcos covardes rega sangue e ódio em vários lares é caça às bruxas truta regresso a ditadura farda subtrai alma devasta vida nas ruas.
Ontem sonhei com campo farto de fauna e flora
Não tinha droga nem esmola um fresco odor de rosas
Tictac bate o ponteiro estouro do morteiro tenso de volta ao pesadelo
Sobrevivendo em cativeiro em pleno céu aberto em meio ao choro das crianças com dois pé no inferno
Lá fora chove chacina na favela dá ibope sistema em choque tudo que planta um dia colhe
Em meio a escuridão me vi sozimsem ninguém por mim o sopro me apontava o fim enfim por pouco não cai
Chorei me lembro bem do ato covarde senti na carne a pilantragem até hoje arde
E a tempestade já ta na hora de passar atravessei o mar em frustrações decepções do lar
Sem perdão sem chão sem segunda opção refém do próprio medo na mão o cão com munição
Espelho não mente o mundo é mesmo atraente diabo sente entra na mente inconscientemente
Olha ao redor as trevas cada vez pior sem luz na escuridão multidão num botão virá pó sangue de judas a fúria em forma de medusa petrificando sonhos viatura nas ruas escuras
O corpo sangra esperança pende na balança babilônica em chamas olhai senhor pelas crianças.....
