Lyrics

A minha velha casa
Por mais que eu sofra e ande
É sempre um golpe de asa
Varrendo um campo grande
Aqui no meu país
Por mais que a minha ausência doa
É que eu sei que a raiz
De mim está em Lisboa
A minha velha casa
Resiste no meu corpo
E arde como brasa
Dum corpo nunca morto
A minha velha casa
É o regresso à procura
Das origens da ternura
Onde o meu ser perdura
Amiga, amante
Amor distante
Lisboa é perto
E não bastante
Amor calado
Amor avante
Que faz do tempo
Apenas um instante
Amor dorido
Amor magoado
E que me dói no fado
Amor magoado
Amor sentido
Mas jamais cansado
Amor vivido
Meu amor amado
Um braço é a tristeza
Um outro é a saudade
E as minhas mãos abertas
São chão da liberdade
A casa a que eu pertenço
Viagem para a minha infância
É o espaço em que eu venço
E o tempo da distância
E volto à velha casa
Porque a esperança resiste
A tudo quanto arrasa
Um homem que for triste
Lisboa não se cala
E quando fala é minha chama
Meu Castelo e minha Alfama
Minha Pátria e minha cama
Amiga, amante
Amor distante
Lisboa é perto
E não bastante
Amor calado
Amor avante
Que faz do tempo
Apenas um instante
Amor dorido
Amor magoado
E que me dói no fado
Amor magoado
Amor sentido
Mas jamais cansado
Amor vivido
Meu amor amado
Ai! Lisboa, como eu quero!
É por ti que eu desespero!
Written by: Antonio Victorino D'Almeida, José Carlos Ary dos Santos
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